Meu Amigo, Muita Paz
A Assistência social é a fraternidade em ação. Sem ela, indiscutivelmente, os nossos mais preciosos arrazoados verbalísticos não passariam de belos mostruários sonoros.
É necessário teorizar com o exemplo, se desejarmos argumentar com segurança, no campo de nossas realizações.
Se é verdade que as obras sem ideal são primorosas esculturas da arte humana, sem o calor da vida, a fé sem obras, segundo já nos asseverava a palavra apostólica, há quase dois mil anos, não passa de um cadáver bem adornado.
A escola, a maternidade, a creche, o hospital, o refúgio da esperança aos viajantes da amargura, o albergue, o posto de socorro, a visitação fraterna aos doentes e necessitados, a palestra amiga e confortadora, a casa da desobsessão, o auxílio de emergência aos companheiros da angústia, o amparo aos irmãos presidiários, a cooperação metódica nos centros especializados de tratamento, quais sejam os sanatórios, os hospitais e leprosários, a contribuição desinteressada, enfim, a dor de todos os matizes e de todas as procedências, desafiam a nossa capacidade de imaginar e fazer, afim de que possamos monumentalizar a nossa Doutrina de Amor e luz no mundo vivo dos corações.
Trabalhemos, auxiliando-nos uns aos outros. Somos associados de uma só empresa de redenção, usando o sentimento, o raciocínio, as mãos, a palavra, a tribuna, a imprensa e o livro para o mesmo desiderato.
Conscientes, pois, de nossas responsabilidades, marchemos para diante, sob a inspiração do Cristo, Nosso Senhor e Mestre, entrelaçando os braços e corações na mesma vibração de otimismo e esperança, serviço e sublimação.
Hoje é o nosso dia. Agora é o momento. A luta é a nossa oportunidade. Ajudar é a honra que nos compete.
Sigamos assim destemerosos e firmes na certeza de que o Senhor permanece conosco e, indubitavelmente, alcançaremos, amanhã, a alegria e a paz do mundo melhor.
Emmanuel
(Página recebida pelo médium Francisco C.Xavier em reunião pública no Centro Espírita Luiz Gonzaga, Pedro Leopoldo MG, na noite de 7 de junho de 1952, extraído no livro “Amor e Luz” Edição Ideal.
Obs: Endereçada à José Gonçalves Pereira
.