set
03
ESSA MIGALHA
No reino de teu lar em paz celeste, Repara quantas sobras de fartura!... O pão dormido que ninguém procura, O trapo humilde que não mais se veste... Do que gastaste, tudo quanto reste, Arrebata o melhor à varredura E socorre a aflição e a desventura Que respiram gemendo em noite agreste!... Teu gesto amigo florirá perfume, Benção, consolo, providência e lume Na multidão que segue ao desalinho... E quando o mundo te não mais conforte, Essa leve migalha, além da morte, Fulgirá como estrela em teu caminho.